A coordenação da Vigilância Sanitária do Município de Angical do Piauí encaminhou documento à Prefeita Municipal, Neta Santos, informando que “por falta de segurança e temendo a vida da equipe” estaria suspendendo as atividades noturnas de combate ao enfrentamento à pandemia do COVID-19 a partir do 07 de novembro.
Segundo o relato, “na noite do dia 05 de novembro, a equipe da Vigilância Sanitária percorrendo o trajeto rotineiro pelo bairro Montevidéu, no carro timbrado do órgão, foi intimidada por duas pessoas em uma moto, cujo piloto usava capuz e máscara impossibilitando a sua identificação, que seguiram ininterruptamente a viatura pelas ruas e bairros da cidade” numa forma clara de intimidação e ameaça.
Mais grave é o relato de que no dia 06, no mesmo trajeto, a equipe da Vigilância Sanitária foi alvo de grave ameaça e intimação quando foi seguida por um veículo identificado como Honda Civic branco, que ficava circundando o carro da equipe de forma perigosa, às vezes colando na traseira do veículo, além de manter arrancadas “cantando pneus” e fazendo “cavalo de pau” ao redor do veículo da equipe.
Segundo consta pela Vigilância Sanitária, casos semelhantes como este, de menor potencial mas que põem em risco a vida das pessoas no estrito cumprimento do dever de zelar pela saúde pública, começou a ocorrer tão logo se instalou no Município de Angical o período eleitoral, que vem se caracterizando por acirramentos, confusões, aglomerações e desrespeito a todo e qualquer protocolo de combate ao coronavírus.
A Prefeita Municipal Neta Santos reconheceu que realmente nestes últimos dias os ânimos entre as coligações que disputam as eleições municipais em Angical têm se acirrado ao ponto de o bairro Montevidéu, por ser detentor de aproximadamente um terço dos votos do Município, se instalar uma verdadeira praça de guerra. “Nunca se teve a notícia de tantos foguetes, rojões, fogos de artifícios e até bombas até de fabricação caseira sendo soltados nas ruas e praças de Angical. A população idosa não consegue sequer dormir com paredões em alto e bom som. A polícia militar tem procurado coibir estes acontecimentos, mas o seu efetivo ínfimo não permite uma fiscalização mais rigorosa”, disse a prefeita.
A gestora, por seu turno, está encaminhando relato e documentos desta situação incontrolável às autoridades locais, solicitando urgentes providências para o bem da cidade e seus habitantes, visto que não se pode abrir mão das ações de combate e prevenção da pandemia. Inclusive está solicitando às autoridades eleitorais a presença imediata de forças federais e de um efetivo maior de policiais militares e que seja instituído o “toque de recolher” a partir das 20h no âmbito do município de Angical.
Mín. 21° Máx. 34°