A trágica morte da bebê Ayla Sophia, ocorrida durante o parto no último dia 28 de junho, na Unidade Mista de Saúde Dr. Elon Constantino Aguiar, em Prata do Piauí, gerou forte repercussão entre moradores do município, profissionais da saúde e internautas de todo o estado. O caso, denunciado pela família como negligência médica, vem sendo amplamente comentado nas redes sociais, com manifestações de indignação, dor e pedidos por justiça. A notícia foi publicada em primeira mão pelo Canal 121 e ganhou repercussão e notoriedade em todo o Piauí.
Segundo testemunhas, o médico George Almeida Lopes Bezerra, plantonista no momento do atendimento, optou por realizar o parto na própria unidade, mesmo sabendo que o hospital não possuía estrutura adequada para um caso de risco como o da gestante. A paciente, inclusive, havia sido alertada durante o pré-natal de que deveria ser encaminhada para Teresina, devido à posição do bebê, que colocava em risco a vida da mãe e da criança.
Desde a divulgação do ocorrido, centenas de publicações tomaram conta das redes sociais. Internautas cobraram a responsabilização do médico e ações efetivas da Prefeitura Municipal, que chegou a divulgar uma nota de esclarecimento, mas apagou o comunicado diante da pressão popular.
Na cidade, o clima é de comoção e revolta. Moradores relataram já terem enfrentado dificuldades anteriores na unidade de saúde, que apresenta estruturas precárias e falta de equipamentos básicos. Vídeos e imagens mostrando paredes deterioradas, portas quebradas e equipamentos enferrujados viralizaram na internet, evidenciando os problemas enfrentados por pacientes e profissionais.
Diversos perfis de páginas regionais no Instagram e Facebook também compartilharam a história da bebê Ayla, intensificando a mobilização. O nome do médico envolvido ganhou destaque entre os assuntos mais comentados no Piauí, principalmente após a revelação de que ele já responde a outro processo por homicídio culposo, relacionado à morte de uma jovem de 23 anos em 2022.
A família de Ayla, ainda em luto, tem recebido mensagens de apoio e solidariedade de pessoas de diferentes cidades. Alguns usuários também iniciaram movimentos para que o caso não seja silenciado, exigindo que haja investigação rigorosa, punições exemplares e melhorias urgentes na saúde pública local.
“Essa dor não é só da família, é de todos que já passaram por negligência nos hospitais pequenos do interior. A vida da Ayla não pode ser em vão”, comentou uma moradora da região em um post no Instagram.O
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